Não devemos fugir às nossas raízes, à herança que nos foi deixada pelos nossos ancestrais e o legado de tradições que se perdem no tempo. Devemos ter orgulho em tudo o que é nosso, não deixemos destruir a nossa história.
Çaloyo é a palavra arabe que dá origem ao saloio.
Região que desde tempos imemoriáveis fornece a Capital de todo o tipo de produtos de origem agricola ( azeite, leite, queijo, carne, vinho, horticulas, fruta etc ).
Antigamente no campo da Região Saloia pastavam as Ovelhas Saloias, sendo aqui o seu berço. Com o avanço do cimento e outras vicissitudes quase que se encontra em extinção. Assim este vinho também é uma homenagem à raça Ovelha Saloia e a todos que ao longo dos anos a têm protegido e defendido.
Este vinho, não sendo consensual, tem uma identidade própria ( como as gentes saloias ),igual à terra que produz as uvas que lhe dão origem. Aprendi a gostar dele e da sua irreverencia.
Ao longo dos anos sempre disse que só vê a luz do dia os vinhos que nós gostamos, independentemente se os outros gostam ou não, este é o primeiro caso, outros virão.
Assumo pessoalmente este vinho.
António Maria